A aposta de Portugal nas energias renováveis marinhas é fulcral para o país reforçar a sua soberania energética e industrial. Mas o principal desafio que se coloca ao país será aproveitar esta oportunidade, quer para reduzir a dependência energética, quer para gerar riqueza e empregos qualificados e aumentar a qualidade de vida dos portugueses.
Este foi o mote principal da Conferência “O potencial das tecnologias energéticas renováveis para a transformação industrial: o caso das energias marinhas” organizada pelo projeto OceanTrans no dia 19 de Setembro, no ISCTE-IUL, em Lisboa. A iniciativa foi aberta pelo Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, e reuniu decisores e especialistas de economia, energia e transições sustentáveis.
No primeiro painel da conferência – dedicado ao tema "Evidência sobre transformação industrial" – foi apresentado um Diretório de Empresas em Energias Marinhas, desenvolvido no âmbito do projeto, que engloba grande parte das empresas portuguesas que estiveram ativas nesta área ao longo das últimas décadas. Seguiu-se uma apresentação sobre o desenvolvimento das energias marinhas na região do Noroeste, por Artur Jorge Silva da Câmara Municipal de Viana do Castelo.
No segundo painel – subordinado ao tema “Transformação industrial e tecnologias renováveis emergentes” – Margarida Fontes apresentou os principais resultados do projeto, seguindo-se um debate numa Mesa Redonda composta por: com Allan Andersen, da Universidade de Oslo, Björn Sandén, da Chalmers University of Technology, Vera Kissler, da Direção-Geral de Energia da Comissão Europeia e André Couto da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e Nuno Bento do Dinamia'Cet-ISCTE, co-coordenador do projeto.
A conferência, que teve um formato híbrido (presencial e online), teve cerca de 120 participantes, registando-se um debate muito vivo que envolveu representantes da indústria, da academia e de organizações governamentais.
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