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Efeitos sectoriais e territoriais da experimentação em fases iniciais de inovações energéticas: lições de 20 anos de tecnologias renováveis marinhas em Portugal


Margarida Fontes - LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia, I.P.

Mariana Aguiar - DINÂMIA'CET-IUL

Nuno Bento - DINÂMIA’CET-Iscte


Resumo A urgência climática e questões mais conjunturais como pandemias e guerras apontam para a necessidade de acelerar a transição sustentável e, particularmente, o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias de energias renováveis. Essa aceleração depende crucialmente da capacidade de mobilizar recursos e competências existentes no território. A passagem a uma fase comercial coloca desafios importantes, que podem ser enfrentados com base nas capacidades adquiridas na fase inicial de experimentação, cujos efeitos permanecem pouco estudados. Portugal tem uma experiência longa no desenvolvimento de tecnologias de energias renováveis marinhas – energia das ondas e energia eólica offshore flutuante. Importa agora compreender, através de uma análise longitudinal suportada na construção de uma base de dados dos atores envolvidos, se as atividades conduzidas ao longo da fase inicial de desenvolvimento permitiram começar a mobilizar a indústria nacional e gerar núcleos sectoriais e regionais de atividade que possam suportar uma evolução futura. As análises apontam para a importância dos projetos de teste e demonstração na mobilização de empresas de sectores relevantes, embora a capacidade para atrair empresas locais seja ainda limitada, e revelam redes de empresas distribuídas pelo território, com predominância das principais áreas metropolitanas. Estes resultados podem informar estratégias para acelerar a difusão destas tecnologias, contribuindo para a transformação industrial.


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Foi publicado um Policy Brief que apresenta as principais conclusões da investigação conduzida no âmbito do projeto OceanTrans e avança algumas recomendações baseadas nas lições retiradas de mais de 20 anos de atividade na área das energias renováveis marinhas em Portugal.

Este Policy Brief apresenta os principais resultados da investigação sobre os efeitos transformadores das atividades de experimentação conduzidas ao longo do tempo na área das energias renováveis marinhas. Em particular são caracterizados os comportamentos dos atores envolvidos, e identificados processos-chave de transformação.

A análise da experiência portuguesa mostrou que os processos de experimentação destas tecnologias têm um papel fundamental na construção de uma futura cadeia de valor industrial, criando efeitos de aprendizagem localizados que melhoram os custos e o desempenho das tecnologias e, simultaneamente, permitem que atores de uma variedade de sectores – incluindo sectores tradicionais ou em declínio - desenvolvam novas capacidade e diversifiquem para novas atividades. Mas revelou também os obstáculos que se colocam a estes processos e que podem inibir desenvolvimentos futuros.

Com base nas lições desta experiência, este Policy Brief esclarece como a política tecnológica e a estratégia industrial se podem complementar, de modo a criar recursos coletivos para acelerar o progresso de tecnologias emergentes, obtendo vantagens competitivas, e transformando os sectores existentes.

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Atualizado: 13 de jan.


A aposta de Portugal nas energias renováveis marinhas é fulcral para o país reforçar a sua soberania energética e industrial. Mas o principal desafio que se coloca ao país será aproveitar esta oportunidade, quer para reduzir a dependência energética, quer para gerar riqueza e empregos qualificados e aumentar a qualidade de vida dos portugueses.


Este foi o mote principal da Conferência “O potencial das tecnologias energéticas renováveis para a transformação industrial: o caso das energias marinhas” organizada pelo projeto OceanTrans no dia 19 de Setembro, no ISCTE-IUL, em Lisboa. A iniciativa foi aberta pelo Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, e reuniu decisores e especialistas de economia, energia e transições sustentáveis.

No primeiro painel da conferência – dedicado ao tema "Evidência sobre transformação industrial" – foi apresentado um Diretório de Empresas em Energias Marinhas, desenvolvido no âmbito do projeto, que engloba grande parte das empresas portuguesas que estiveram ativas nesta área ao longo das últimas décadas. Seguiu-se uma apresentação sobre o desenvolvimento das energias marinhas na região do Noroeste, por Artur Jorge Silva da Câmara Municipal de Viana do Castelo.

No segundo painel – subordinado ao tema “Transformação industrial e tecnologias renováveis emergentes” – Margarida Fontes apresentou os principais resultados do projeto, seguindo-se um debate numa Mesa Redonda composta por: com Allan Andersen, da Universidade de Oslo, Björn Sandén, da Chalmers University of Technology, Vera Kissler, da Direção-Geral de Energia da Comissão Europeia e André Couto da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e Nuno Bento do Dinamia'Cet-ISCTE, co-coordenador do projeto.

A conferência, que teve um formato híbrido (presencial e online), teve cerca de 120 participantes, registando-se um debate muito vivo que envolveu representantes da indústria, da academia e de organizações governamentais.

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